segunda-feira, abril 22

Azul.

Novamente tu vens com teu dedo azul tocar o invisível que me cerca. Eu deixei a porta aberta, e tu vieste, e trouxeste a noite infinita. Nada mais tem gosto; nada mais tem importância. Eu caí na cegueira dos sentidos e tudo que eu sinto é o teu azul escuro que me inunda. Eu quis esse azul; eu quero esse azul que me incendeia e só me deixa respirar o ar que sai da tua boca. A tua ausência me sufoca. O teu silêncio me apunhala.
A tua mão repousou na minha; o meu pé no teu, e já não consigo desvencilhar. Preciso respirar.

Seguidores